Perspectiva Kung Fu – Peaky Blinders O Minuto do Soldado na
Perspectiva Kung Fu – Minuto do Soldado
Peaky Blinders é uma série de televisão britânica que conta a história de uma família gangster ambientada em Birmingham, na Inglaterra.
A família é liderada por Tommy Shelby. Ele serviu na Primeira Guerra Mundial com o posto de sargento-mor e foi condecorado por bravura. Suas experiências em combate o transformaram de inúmeras maneiras, mas o que nos interessa é o desenvolvimento da sua inteligência estratégica.
Foi na experiência de guerra vivenciada, que ele identificou a importância do Minuto do Soldado.
É sobre a visão do Minuto do Soldado na Perspectiva Kung Fu que irei discutir neste nosso encontro na Vida Kung Fu.
“O um minuto. O Minuto do soldado. Em uma batalha, é tudo que você ganha. Um minuto de tudo de uma vez. E qualquer coisa antes não é nada. Tudo depois, nada. Nada tem comparação com aquele um minuto.”
Esta reflexão de Thomas Shelby, fruto de sua experiência na Primeira Guerra Mundial tem seu paralelo na Perspectiva Kung Fu, onde encontramos também a noção de momento oportuno, “adaptado”, que “não se deve perder”.
Na ótica do Kung Fu, o Minuto do Soldado não é senão a culminação de um desenvolvimento.
Visto deste modo o Minuto do Soldado é duplo, já que se encontra nas duas extremidades da duração: o estágio terminal, em que se cai enfim sobre o adversário com um máximo de intensidade a ponto deste ser imediatamente derrotado; e o estágio inicial, em que se começou o processo a partir de onde o potencial pendeu progressivamente para um dos lados.
Era lógico, portanto, que o Kung Fu concentrasse sua atenção ao momento inicial em que, quanto mais cedo alguém perceber, essa ativação de potencial, tanto melhor saberá aproveitar-se dele.
Assim no Kung Fu, o minuto do soldado reside no estágio do mais ínfimo, e no menor processo que se inicia. É no momento da ativação quando ainda nada se vê, mas já está estabelecida uma orientação é o que devemos detectar em sua primeira prefiguração; para ai seguir passo a passo seu desdobramento e portanto ter certeza de, e estar pronto para, golpear no momento oportuno.
Também vale a pena repensar a própria noção de “crise” (krisis no sentido de “decisão”).
Isso porque o momento crítico não corresponde mais ao estágio da manifestação, mas se desloca para antes, até o estágio mais ínfimo, o da ativação, no qual começa o processo e é “decisivo”.
Na Perspectiva Kung Fu, ele não está mais ligado ao espetacular, como o grande combate ou a luta corporal, e sim ao mais discreto, aos pequenos combates do dia-a-dia que são decisivos para prever a sua evolução e geri-la, a ponto de que a “crise“, por si só, possa ser desativada.
E você?
Como lida com as crises?
Você espera chegarem para lidar com elas ou através de pequenas ações evita que elas aconteçam?
Deixe seus comentários, pretendo responder a todos, sempre priorizando nossos inscritos.
Um forte abraço e até o nosso próximo encontro na Vida Kung Fu.