Matrix Reloaded – Quando o verdadeiro eu se apresenta
Matrix Reloaded: Quando o Verdadeiro Eu se Apresenta
Matrix Reloaded foi lançado nos EUA em 7 de maio de 2003. Dirigido pelas irmãs Lana e Lilly Watchowski, esta produção é a segunda da chamada Trilogia Matrix. Já falei sobre o primeiro filme anteriormente.
A cena que discutirei hoje será sobre o Teste da Casa de Chá, também conhecido como o Teste da Verdadeira Habilidade.
É este combate entre Neo e Seraph que analisaremos sobre a ótica da Vida Kung Fu.
Neo é o personagem principal da franquia Matrix. Ele é um ser humano que é o escolhido para salvar a humanidade do subjugo das máquinas que dominam o mundo. Interpretado por Keanu Reeves, Neo tem a capacidade de não confundir a aparente concretude da realidade de um programa de computador com a sutil realidade que todos nós vivemos.
Por outro lado, Seraph é a personificação de um sofisticado protocolo de autenticação por desafio de handshake que protege o Oraculo. Parece que o papel inicialmente era feminino e havia sido oferecido a Michelle Yeoh que inclusive já interpretou a fundadora do Sistema Ving Tsun, a grande mestra Yim Ving Tsun. Alegando conflito de agenda, Yeoh declinou a oferta e um convite foi feito para Jet Li, já com a mudança de gênero da personagem. Mas ele também não pode aceitar. Finalmente Collin Chou foi contratado para o papel.
Para quem não conhece este ator taiwanês, ele participou de um filme que já discutimos aqui: o Mestre das Armas com Jet Li. Quem quiser saber mais sobre este vídeo, é só clicar aqui em cima.
Seraph, depois de lutar com Neo, faz uma afirmação da mais alta relevância para a Perspectiva Kung Fu: “You do not truly know someone until you fight them.” Em Português, poderíamos traduzir assim: “Você não conhece realmente uma pessoa até lutar com ela.”
Esta declaração talvez justifique a razão pela qual o termo kung fu foi associado às artes marciais.
Kung Fu, um termo relacionado à conscientização de um comportamento apropriado para cada circunstância, pode ter como ponto de partida uma relação de antagonismo complementar que para muitos pode ser chamado de ‘luta’ ou, como eu prefiro chamar, de ‘experiencia marcial’.
Veja que no próprio filme, os golpes entre Neo e Seraph não eram para matar um ao outro, mas sim para que cada um pudesse perceber o quanto que o outro reagia e assim mostrasse quem realmente é.
Uma conversa ou qualquer outra atividade convencional não nos permite saber com clareza quem é o outro.
No entanto, quando “lutamos” corporalmente com alguém, podemos identificar sua capacidade de ouvir o outro, ou seja, a sua humanidade.
Para mim, era essa qualificação que Seraph buscava em Neo, reconhecido como o Escolhido.
E você? Qual sua opinião a respeito desta afirmação de Seraph? Vc gostaria de complementar algo? Deixe seu comentário.