Kung Fu e Capitão América – O Desenvolvimento Humano como Base da Habilidade
Kung Fu e Capitão América – O Desenvolvimento Humano como Base da Habilidade
Captain America: The First Avenger (no Brasil, Capitão América: O Primeiro Vingador) é um filme de super-herói lançado em 19 de julho de 2011, baseado no personagem Capitão América, da Marvel Comics.
Acredito que a história todos conhecem. Steve Rogers é um jovem patriota que é rejeitado pelo Exército America para lutar na Segunda Guerra Mundial.
O que ele não sabia é a existência de um programa de Supersoldados liderado pelo Dr. Abraham Erskine.
Mas o que esta história em quadrinhos tem a ver com o Kung Fu?
Agora vamos ao tema de hoje, pois é sobre a importância do desenvolvimento humano na construção da habilidade de uma pessoa que discutiremos neste nosso encontro na Vida Kung Fu.
Steve Rogers, o Capitão América é o símbolo americano de retidão, patriotismo e desenvolvimento humano. Ser de poderes sobre-humanos, é o único ser humano, no Universo Cinematográfico da Marvel, a empunhar o Martelo do deus nórdico Thor, o Mjolnir, devido a sua integridade de caráter.
Mas seu começo foi desencorajador. Recusado reiteradamente pelo Exercito Americano por ter uma saúde frágil, Steve Rogers teve sua grande oportunidade ofertada pelo Dr. Abraham Erskine, chefe do projeto Super Soldado, ao identificar em Rogers as qualidades humanas necessárias para lidar com tamanho poder físico.
Mas este foi só o começo. Ele foi testado inúmeras vezes pelo comandante do projeto, Coronel Chester Phillips. Nestes testes, Rogers não só mostrou sua compaixão pelos companheiros, mas também sua inteligência em lidar com situações sem o uso da força bruta. Num episodio em particular, verificamos que ele usa um recurso parecido com o utilizado por Mulan. Se você ainda não assistiu o vídeo que falamos sobre isso, Mulan – Quando a desvantagem vira vantagem.
Ao ter reconhecido o seu desenvolvimento humano, Steve Rogers então é considerado o melhor candidato para os testes que o transformarão em super soldado, com capacidades físicas excepcionais.
Em contrapartida, já nos ensinava o Prof. Peimin Ni que uma das características únicas do Kung Fu é que a habilidade física excepcional em qualquer área da atividade humana advém do desenvolvimento humano.
Mas o que seria desenvolvimento humano? É a consciência de que a minha existência inclui a existência do outro, numa perspectiva transindividual. Digo transindividual, porque não é individualista, nem coletivista. Me reconheço como individuo, mas incluído no coletivo.
Ao ter o desenvolvimento humano como fundamento da construção da minha habilidade física, ela será pautada no uso da força do outro e na percepção de que a vitória será ofertada, a partir das oportunidades identificadas por uma percepção refinada.
Assim, uma habilidade construída através do esforço individual, sem levar em consideração o outro, será sempre limitada ao individuo em si. O Kung Fu é muito mais do que isso, é a transcendência da habilidade meramente física, onde o refinamento da sensibilidade permite um refinamento potencialmente infinito, sem limite do físico e da idade.
Capitão América, ao modo americano, construí seu herói a partir do desenvolvimento humano e este é o ponto comum com a construção chinesa de Kung Fu.
E você?
Como tem construído sua habilidade?
Quanto tem incluído outro nesta construção?
Você reconhece a importância do outro na sua evolução?
Um forte abraço e até o nosso próximo encontro na Vida Kung Fu!